O BLEFE NOSSO DE CADA DIA (DITO E FEITO POR CANDIDATOS)
CENTRO DE RIO BRANCO – O CENTRO DA DROGA
CENTRO DE RIO BRANCO – O CENTRO DA DROGA
A atual reclamação dos
empreendedores que têm seus negócios no centro da cidade, apenas revela a
situação de insegurança vivida por quem busca frequentar os espaços públicos
com familiares, principalmente crianças, para um momento de lazer.
Foto: Victor Augusto |
É grande o número de usuários de
droga, que geralmente abordam os transeuntes pedindo dinheiro ou alimentação, e
com frequência se revoltam e esboçam uma resposta violenta, quando não são
atendidos nos seus pleitos.
Que as políticas sociais do
Estado e Prefeitura estão praticamente falidas, todos sabemos e não é de hoje,
nem só das gestões atuais. É um problema que atravessa gerações e se consolida
com a inércia das instituições que recebem vultosas quantias de dinheiro, que
tem servido para manter o pagamento de uma folha salarial repleta de indicados
políticos, que de resposta positiva não oferecem praticamente nada.
Difícil compreender como uma gestão consegue
ter a brilhante ideia de oferecer uma moradia em uma das principais ruas do
centro da cidade, fornecer comida, e não exercer o mínimo de acompanhamento
para uma recuperação dos que sucumbem ante o poder avassalador das drogas. É
praticamente dizer que concorda com o que está acontecendo!
Com isso, o centro da cidade fica
repleto de pessoas usuárias de drogas, sem perspectiva nenhuma de
ressocialização, cometendo pequenos delitos e tirando o sossego das famílias
que ainda buscam o lazer, principalmente na praça Plácido de Castro e
adjacências.
Em uma reportagem de um site
local, um sargento da polícia militar, disse, quase em tom de profecia: “se
nada for feito, em breve o centro será um deserto comercial”. Faz sentido a
declaração do militar, que reclama da frouxidão das leis, que servem também para
incitar o cometimento de mais delitos, uma vez que as penas, quando aplicadas,
são brandas demais.
Mas, essa situação de insegurança
também pode levar as pessoas a tomarem decisões extremas, de fazer a justiça
conforme sua vontade, como ocorreu em caso recente, onde um morador de rua teve
o dedo decepado, tudo filmado e divulgado nas redes sociais.
Nós, cidadãos que pagamos os
impostos e tributos para ter uma condição de vida, pelo menos com o mínimo de
dignidade, ficamos até sem saber o que fazer, pois o cenário é sombrio e
desestimulador. A polícia militar não dá conta de manter a segurança na praça
que fica em frente ao seu quartel; as instituições que comandam as políticas
sociais do município e estado, praticamente inertes, pesadas pelo inchaço com apadrinhados
políticos; os órgãos de defesa e proteção à vida, com uma venda nos olhos, nada
fazem de concreto para estancar esse problema na sua raiz.
Difícil a situação em que vivemos!
Enquanto isso os discursos politiqueiros e bem elaborados, falam em gestão que
defende e valoriza a vida. Convido e desafio as autoridades que dispensem seus
seguranças e andem aos domingos à tarde, pelo centro da cidade, para tomar um
tacacá, comer um sanduba ou simplesmente tentar relaxar a mente. Com certeza
voltariam às suas repartições com um outro pensamento sobre essa situação que é
vexatória, tanto para os que não conseguem vencer os vícios da droga, como para
as famílias abordadas pelos mesmos.
Criado em 2008, o Conselho Municipal de Atenção às Drogas - COMAD, há tempos não está cumprindo o papel de discutir políticas públicas para o combate às drogas e atenção aos dependentes químicos, por culpa exclusiva da gestão anterior, que pouco ou quase nunca promovia as reuniões entre os componentes do Conselho.
Finalizo para reconhecer o
trabalho verdadeiro e humano que algumas Igrejas e poucas instituições fazem em
defesa da vida, sem contar praticamente com nenhum apoio financeiro dos
governos em todas as suas instâncias.
Por Mamed Dankar
A INCERTEZA ELEITORAL DOS CANDIDATOS
POR QUAL PARTIDO CONCORRER
Com a extinção das coligações
partidárias para os cargos proporcionais, que elegem representantes para as
casas legislativas (Cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado
distrital e vereador), e com o resultado prático aplicado nas eleições
(observatório) municipais de 2020, alguns partidos se viram diante de um
cenário nada animador para suas pretensões de quase perpetuação no campo do poder político.
Sim, pois com a
permanência dessa regra e sem que nenhuma alternativa de viabilidade de
recondução a um novo mandato, as mentes engenhosas “inventaram” o instituto das
federações partidárias, que os partidos se unam para apoiar qualquer cargo,
desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado, valendo
para as eleições majoritárias, bem como para as proporcionais.
Assim, a principal
diferença é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas
nas coligações valem apenas até a eleição, podendo ser desfeitas logo em
seguida, como acontecia com frequência, nas uniões meramente eleitoreiras,
casuísticas.
Como se diz no popular, “vão-se
os anéis ficam os dedos”, ou “dos males o menor”, pois para alguns políticos, a
federação pode ser a tábua de salvação dos seus “produtivos e importantes”
mandatos. Todavia, a incerteza tem sido o sentimento da maioria dos candidatos,
uma vez que a definição sobre essas uniões se dará entre as lideranças
nacionais, muitas vezes atropelando acordos firmados nos estados e municípios.
O que mais se aconselha
aos incautos é que tenham paciência e sabedoria para definir por qual partido
concorrerão às eleições desse ano, e isso talvez não seja a garantia real de
uma eleição, mas com certeza, a escolha equivocada poderá determinar uma
derrota antecipada, considerando os novos critérios eleitorais.
Como as negociações e
decisões estão acontecendo no plano nacional, para os pretensos candidatos resta
aguardar e torcer para que as federações lhes sejam favoráveis e não lhes
causem o desconforto de ter que se unir em um mesmo balaio, com atuais desafetos
políticos.
Parafraseando o cantor e instrumentista nordestino Flávio José: ...”se avexe não, amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada...
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