O BLEFE NOSSO DE CADA DIA (DITO E FEITO POR CANDIDATOS)

O BLEFE NOSSO DE CADA DIA (DITO E FEITO POR CANDIDATOS) 

Nos últimos dias o noticiário na internet tem sido divido entre as informações sobre tragédias (acidentais ou intencionais) que ceifam vidas, e entre as tragédias políticas (sempre intencionais). São tantas as informações – mudanças de vice; mudanças de pré-candidaturas a cargos – que na cabeça dos que realmente vão decidir as eleições, no caso nós, mortais eleitores, o nó está dado e sendo apertado a cada informação postada nas redes sociais. 
Estamos tendo verdadeiras aulas grátis sobre blefe (Atitude enganadora que visa iludir alguém - in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021), dignas de teses de mestrado e doutorado, onde partidos políticos estão marcando suas convenções para o último dia previsto na legislação, preferem ficar à espreita, igual as lendárias “cumadis das janelas” observando o movimento dos outros partidos, para tentar tirar proveito em benefício de suas candidaturas. 
Se não há verdade no que alguns políticos e pré-candidatos estão dizendo agora, como acreditar que serão verdadeiros em suas ações, após eleitos?? A confusão sobre as candidaturas envolve a direita, esquerda e centro, em resumo: todos. Parece não haver ideologia ou questões programáticas, mas tão somente o desejo de conseguir um mandato, um porto seguro. 
Fico imaginando o que se passa na cabeça do eleitor, principalmente os que estão pendurados em algum arranjo político, que os tornam prisioneiros de uma, ou de algumas candidaturas, pois, ora o seu (sua) candidato (candidata) concorrerá ao senado; dia seguinte, ao governo; no outro dia, será vice; ou será à federal? Uma verdadeira loucura!!
As cores (partidárias) se misturam de uma forma tão frenética, que chega a dá um branco na cabeça de muitos; quase chega a “fundir a cuca” de outros; e deixa perplexo os que conseguem avaliar de forma mais lúcida toda essa movimentação. 
O certo é que, entre as “juras de amor pelo Acre”; ”o que importa é a vida”; e “atendendo à pedidos”; as pré-candidaturas vão sendo definidas, para a alegria de alguns e para a tristeza de outros. 
Escrúpulo, caráter, verdade, sinceridade, respeito...palavras e sentimentos que não têm espaço nas últimas negociações por um “lugar ao sol” nas chapas majoritárias de uma política em decadência. Diante de tudo isso a única certeza é que “tudo é incerto”, nada definido e que tudo pode acontecer, inclusive nada! 

Mamed Dankar

CENTRO DE RIO BRANCO – O CENTRO DA DROGA

 

CENTRO DE RIO BRANCO – O CENTRO DA DROGA

 

A atual reclamação dos empreendedores que têm seus negócios no centro da cidade, apenas revela a situação de insegurança vivida por quem busca frequentar os espaços públicos com familiares, principalmente crianças, para um momento de lazer.

Foto: Victor Augusto

É grande o número de usuários de droga, que geralmente abordam os transeuntes pedindo dinheiro ou alimentação, e com frequência se revoltam e esboçam uma resposta violenta, quando não são atendidos nos seus pleitos.

Que as políticas sociais do Estado e Prefeitura estão praticamente falidas, todos sabemos e não é de hoje, nem só das gestões atuais. É um problema que atravessa gerações e se consolida com a inércia das instituições que recebem vultosas quantias de dinheiro, que tem servido para manter o pagamento de uma folha salarial repleta de indicados políticos, que de resposta positiva não oferecem praticamente nada.

 Difícil compreender como uma gestão consegue ter a brilhante ideia de oferecer uma moradia em uma das principais ruas do centro da cidade, fornecer comida, e não exercer o mínimo de acompanhamento para uma recuperação dos que sucumbem ante o poder avassalador das drogas. É praticamente dizer que concorda com o que está acontecendo!

Com isso, o centro da cidade fica repleto de pessoas usuárias de drogas, sem perspectiva nenhuma de ressocialização, cometendo pequenos delitos e tirando o sossego das famílias que ainda buscam o lazer, principalmente na praça Plácido de Castro e adjacências.

Em uma reportagem de um site local, um sargento da polícia militar, disse, quase em tom de profecia: “se nada for feito, em breve o centro será um deserto comercial”. Faz sentido a declaração do militar, que reclama da frouxidão das leis, que servem também para incitar o cometimento de mais delitos, uma vez que as penas, quando aplicadas, são brandas demais.

Mas, essa situação de insegurança também pode levar as pessoas a tomarem decisões extremas, de fazer a justiça conforme sua vontade, como ocorreu em caso recente, onde um morador de rua teve o dedo decepado, tudo filmado e divulgado nas redes sociais.

Nós, cidadãos que pagamos os impostos e tributos para ter uma condição de vida, pelo menos com o mínimo de dignidade, ficamos até sem saber o que fazer, pois o cenário é sombrio e desestimulador. A polícia militar não dá conta de manter a segurança na praça que fica em frente ao seu quartel; as instituições que comandam as políticas sociais do município e estado, praticamente inertes, pesadas pelo inchaço com apadrinhados políticos; os órgãos de defesa e proteção à vida, com uma venda nos olhos, nada fazem de concreto para estancar esse problema na sua raiz.

Difícil a situação em que vivemos! Enquanto isso os discursos politiqueiros e bem elaborados, falam em gestão que defende e valoriza a vida. Convido e desafio as autoridades que dispensem seus seguranças e andem aos domingos à tarde, pelo centro da cidade, para tomar um tacacá, comer um sanduba ou simplesmente tentar relaxar a mente. Com certeza voltariam às suas repartições com um outro pensamento sobre essa situação que é vexatória, tanto para os que não conseguem vencer os vícios da droga, como para as famílias abordadas pelos mesmos.

Criado em 2008, o Conselho Municipal de Atenção às Drogas - COMAD, há tempos não está cumprindo o papel de discutir políticas públicas para o combate às drogas e atenção aos dependentes químicos, por culpa exclusiva da gestão anterior,  que pouco ou quase nunca promovia as reuniões entre os componentes do Conselho. 

Finalizo para reconhecer o trabalho verdadeiro e humano que algumas Igrejas e poucas instituições fazem em defesa da vida, sem contar praticamente com nenhum apoio financeiro dos governos em todas as suas instâncias.


Por Mamed Dankar    

Engenharia: Classe esquecida

 

QUEM DEFENDERÁ A CLASSE DA ENGENHARIA??? 
TALVEZ O CHAPOLIN COLORADO

As ruas do centro da nossa cidade têm sido palco de mobilizações de servidores públicos, que reivindicam melhores condições de trabalho, garantias de direitos adquiridos, cumprimento de “palavra dada” pelo governador, e principalmente, melhoria salarial, pelo menos com valores que recomponham o que foi devorado pela inflação ao longo dos últimos anos.

Nessa luta desigual, uma das possíveis plataformas de apoio ao pleito dos servidores, deveria ser nossos parlamentares, principalmente os atarefados e assoberbados atuais inquilinos da ALEAC, nossos Deputados Estaduais.

Verdade que algumas categorias continuam demonstrando um grande poder de mobilização, enquanto outras assistem silente e quase inerte, ao tempo passar, caminhando para o período eleitoral, onde toda e qualquer negociação salarial ficará proibida por lei. Uma lei que veda qualquer possibilidade de ajuda aos já desestimulados servidores públicos, mas abre a porteira da impunidade aos escancarados crimes eleitorais, que vão desde flagrantes propagandas eleitorais antecipadas, aliciamento e cooptação de partidos e candidatos, até o ato final, no fatídico dia da eleição, onde o escambo eleitoral da troca de votos por dinheiro continua acontecendo.

Mas, de volta ao tema que me motivou a escrever esse texto, cito a omissão e o silêncio dos nossos Deputados Estaduais, quando se fala na categoria dos que são contemplados pela Lei 2.021/2008, a chamada Lei Cartaxo que contempla os Engenheiros, Arquitetos, Geógrafos, Geólogos, Tecnólogos, Médicos Veterinários e Zootecnistas.

São muitos os profissionais que influenciam diretamente na vida das pessoas e do governo, com suas habilidades e conhecimento, sendo responsável por boa parte das ações vistas e vivenciadas pela nossa população.

Pois bem, os Deputados Estaduais que nas eleições passadas fizeram juras de amor eterno aos profissionais dessas categorias, agora parece que sofrem de esquecimento seletivo ou do chamado “silêncio negociado” com o governo. Até os mais “afoitos e destemidos” parlamentares parece só enxergarem as categorias, que com competência, chamam a atenção dos poderes e da população com fechamento de ruas e discursos inflamados em carros de som.

Nobres Deputados, vejam que outros pais de família também padecem do mesmo mal e precisam do apoio deste parlamento. Não se omitam! Não se escondam! Esqueçam os acordos palacianos e façam valer o princípio básico do parlamento de defesa da população, nesse caso, dos que mantém a máquina pública funcionando, independente do governante e parlamentares de plantão. Os seus cargos são passageiros e generosamente concedidos pelos mesmos, que hoje suplicam por apoio, para tentar não perder o pouco que nos resta, nossa DIGNIDADE.

Por Mamed Dankar, (36 anos de serviço público)


AUMENTO DOS SERVIDORES

 

NÃO PRECISA HUMILHAR

Muito decepcionado ao ler uma a publicação veiculada nos principais sites de notícias de Rio Branco, na qual o Governo do Estado do Acre informa, mais uma vez o adiamento do prometido reajuste salarial aos servidores públicos.

Desde outubro do ano passado que o jovem governador vem anunciando, envolto em tom misterioso, que concederá aumentos nos defasados vencimentos dos servidores do estado, como mostra essa reportagem do AC24 horas. Depois desse momento que encheu de esperança o coração dos que, verdadeiramente, servem ao povo do Acre, aconteceram sucessivas marcações de datas para o esperado anúncio, que se iguala ao desfecho vergonhoso de desmarcar todas, deixando sempre uma mensagem de que esse aumento acontecerá, muito embora as últimas declarações já apontam para um desfecho ruim, pois a retórica e batida posição de falar de responsabilidade fiscal e impacto na folha de pagamento, sempre vem acompanhada de medidas que desagradam aos servidores.

Sou servidor público há quase 36 anos, por total opção, pois oportunidades não me faltaram de trabalhar em outras instituições, inclusive uma federal, ou mesmo no setor privado, mas parece que minha vocação de servir está diretamente vinculada ao setor público do meu estado, do qual me orgulho de sempre ter servido com respeito e dignidade.

Causa grande preocupação, ao olhar um contracheque de 2014 e comparar com o do mês de janeiro de 2022 e ver que não tivemos aumento salarial nenhum, nos deixando sempre com a missão de promover mudanças e alterações na vida familiar, o chamado “arrocho”, considerando que o custo de vida aumenta a cada dia, puxado principalmente pelo auto preço dos alimentos e combustíveis.

O que causa mais indignação é observar os disparates de gastos inócuos e desnecessários, em detrimento de uma valorização de pais de famílias que se sustentam, pelo menos tentam, dos salários pegos pelo governo. Existe verba para aumentar o valor das emendas parlamentares individuais de 500 mil para 1 milhão de reais, dinheiro para pintar e repintar caixa d’água da seis de agosto, para nomeações de apadrinhados políticos, e para viagens e reuniões infrutíferas, que não trazem benefícios ao povo acreano; mas para o servidor público sempre existirá o fantasma do teto da responsabilidade fiscal e o temido impacto na folha.

Lembro que as promessas foram feitas de formas deliberadas pelo próprio governador, que já propagou em alto e bom som, que não depende de salário de governador para sobreviver, uma vez que teve a sorte de ter nascido em uma família abastarda, de posses e valores financeiros de causar inveja em muitas pessoas, pois bem, isso talvez não lhe permita enxergar a angústia vivida por famílias de servidores que trabalham o mês inteiro e esperam ansiosamente pelo justo salário.

Não precisa tripudiar, humilhar, famílias inteiras, com as falsas promessas de aumento salarial, mais honesto seria não ter nem cogi
tado essa possibilidade, uma vez que provavelmente não acontecerá, ou se acontecer será apenas uma tentativa para que o nome de um governante que em um ano eleitoral concorre à reeleição, não fique de todo desmoralizado, pois com certeza não chegará a cobrir sequer as perdas contabilizadas ao longo dos anos.

Como diz uma canção do Martinho da Vila: “...não fala muito, quem sabe falar...”

 Por Mamed Dankar

A INCERTEZA ELEITORAL DOS CANDIDATOS

 

POR QUAL PARTIDO CONCORRER

Com a extinção das coligações partidárias para os cargos proporcionais, que elegem representantes para as casas legislativas (Cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador), e com o resultado prático aplicado nas eleições (observatório) municipais de 2020, alguns partidos se viram diante de um cenário nada animador para suas pretensões de quase perpetuação no campo do poder político.

Sim, pois com a permanência dessa regra e sem que nenhuma alternativa de viabilidade de recondução a um novo mandato, as mentes engenhosas “inventaram” o instituto das federações partidárias, que os partidos se unam para apoiar qualquer cargo, desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado, valendo para as eleições majoritárias, bem como para as proporcionais.

Assim, a principal diferença é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição, podendo ser desfeitas logo em seguida, como acontecia com frequência, nas uniões meramente eleitoreiras, casuísticas.       

Como se diz no popular, “vão-se os anéis ficam os dedos”, ou “dos males o menor”, pois para alguns políticos, a federação pode ser a tábua de salvação dos seus “produtivos e importantes” mandatos. Todavia, a incerteza tem sido o sentimento da maioria dos candidatos, uma vez que a definição sobre essas uniões se dará entre as lideranças nacionais, muitas vezes atropelando acordos firmados nos estados e municípios.

O que mais se aconselha aos incautos é que tenham paciência e sabedoria para definir por qual partido concorrerão às eleições desse ano, e isso talvez não seja a garantia real de uma eleição, mas com certeza, a escolha equivocada poderá determinar uma derrota antecipada, considerando os novos critérios eleitorais.

Como as negociações e decisões estão acontecendo no plano nacional, para os pretensos candidatos resta aguardar e torcer para que as federações lhes sejam favoráveis e não lhes causem o desconforto de ter que se unir em um mesmo balaio, com atuais desafetos políticos.

Parafraseando o cantor e instrumentista nordestino Flávio José: ...”se avexe não, amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada...

Por Mamed Dankar

 

Senado Decreta Fim das Coligações - Agora será cada um por si

 

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (22) a proposta de emenda à Constituição da reforma eleitoral (PEC 28/2021), mas rejeitou a volta das coligações nas eleições proporcionais.

 O texto precisa ser promulgado até 2 de outubro para que as regras tenham validade nas eleições de 2022. Foram 70 votos contra 3 na votação em primeiro turno, e 66 a 3 na votação em segundo turno.

 

Segundo a relatora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), as coligações distorcem a vontade do eleitor, ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentar a fragmentação partidária e dificultar a governabilidade.

As coligações em eleições proporcionais estão proibidas desde a promulgação da Emenda Constitucional 97, de 2017, e já não valeram nas eleições municipais de 2020.

 

Fidelidade partidária

O texto aprovado mantém mudança na regra de fidelidade partidária encaminhada pela Câmara, constitucionalizando a fidelidade partidária. Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores que saírem do partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se a legenda concordar com a saída. 


Itens rejeitados

A relatora suprimiu grande parte da proposta dos deputados. Sobre a organização dos partidos políticos, o projeto original retomava a possibilidade da formação de coligações em eleições proporcionais — para senadores, deputados e vereadores —, hoje permitidas apenas para as eleições majoritárias (para presidente, governadores e prefeitos). Simone retirou esse item, argumentando que ele distorce o voto do eleitor, violando o direito ao voto direto, cláusula da Constituição que não pode ser mudada (cláusula pétrea).

“Foi algo assim o que aconteceu com os deputados individualmente “bons de voto”, como o Enéas e outros. Como na dimensão da torcida de um grande time, obtiveram, individualmente, votações significativas e, com isso, “puxaram” deputados federais que não obtiveram votos muito além dos membros da família. Ou, no máximo, de uma rua ou, ainda, na melhor das hipóteses, de um pequeno bairro. Não há como falar em representatividade partidária a partir de um critério desses”, justifica a relatora.

Fonte: Agência Senado


O fim das coligações, que já havia valeu para as últimas eleições (2020), vai servir para mostrar quais os partidos que investem na formação de lideranças; que ampliam oportunidades de concorrência interna; que fortalecem seu programa partidário; e que, principalmente, têm votos para não correr o risco de ser extinto por conta da cláusula de barreira.


Chegou a hora de ver quem tem "panos pra manga", "bala na agulha", ou melhor, quem de fato tem voto.


Por Mamed Dankar 

 

O RETORNO DAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS - FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO!

Com o claro objetivo de manterem seus mandatos, os Deputados Federais, em votação realizada em primeiro turno, aprovaram o retorno das coligações partidárias, já para as próximas eleições gerais de 2022.

A Emenda Constitucional n.º 97/017, votada no Congresso Nacional, pelos próprios parlamentares, havia determinado o fim das coligações partidárias nos pleitos para cargos proporcionais e valeu para as eleições municipais de 2020. Com isso, os candidatos a vereador disputaram o cargo por meio de chapa única dentro do partido pelo qual estavam filiados, o que trouxe muitas novidades, como por exemplo a redução significativa de partidos com candidatos eleitos, uma vez que não conseguiram atingir o chamado coeficiente eleitoral. 

O resultado dessa “experiência” acendeu uma luz vermelha nos gabinetes das direções dos partidos que, acostumados a “pegar carona” em outras siglas, sofreram derrotas fragorosas, deixando de eleger candidatos e com isso, reduzindo seu capital político e sua força de barganha.

O fim das coligações proporcionais delega ao eleitor um maior poder de decisão quanto ao projeto político que quer apoiar, pois ao escolher um candidato, também estará definindo qual partido político ele quer beneficiar com o seu voto, diferentemente do que ocorre nas eleições com as coligações.

Em verdade, as eleições municipais de 2020 serviram como observatório para os que irão concorrer nas próximas eleições de 2022, e como o resultado foi desastroso para alguns partidos, agora resolveram novamente mudar as regras do jogo.

Na nova votação na câmara dos Deputados, apenas 5 partidos mantiveram suas posições iguais as que tiveram na reforma anterior, ou seja, foram novamente contrários as coligações partidárias (Cidadania, PDT, PSD, PSL e REDE), os demais, em sua totalidade ou em sua ampla maioria, parece que sofreram da chamada “amnésia em causa própria”.

O retorno das coligações partidárias proporcionas se configuram em um verdadeiro retrocesso, pois em sua grande maioria, têm apenas a finalidade eleitoral, sem observar as bases programáticas dos partidos. Favorecem a proliferação das chamadas “legendas de aluguel”, ou servem para acomodar e proporcionar a eleição de candidatos, cujos partidos sozinhos, não conseguem conquistar a atenção e o voto dos eleitores.

Os deputados, sem pudor nenhum, atendendo apenas aos interesses pessoais, alteram mais uma vez a legislação eleitoral, deixando claro para o povo brasileiro que a preocupação não é aprimorar o sistema político, mas tão somente a manutenção dos seus próprios mandatos, com todos os privilégios e influências.

Envoltos em um misto de egoísmo e sede pelo poder, nossos Parlamentares Federais deram sentido ao conhecido ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro!”

Por Mamed Dankar.