Com o claro objetivo de manterem seus mandatos, os Deputados Federais, em votação realizada em primeiro turno, aprovaram o retorno das coligações partidárias, já para as próximas eleições gerais de 2022.
O resultado dessa “experiência” acendeu
uma luz vermelha nos gabinetes das direções dos partidos que, acostumados a
“pegar carona” em outras siglas, sofreram derrotas fragorosas, deixando de
eleger candidatos e com isso, reduzindo seu capital político e sua força de
barganha.
O fim das coligações
proporcionais delega ao eleitor um maior poder de decisão quanto ao projeto
político que quer apoiar, pois ao escolher um candidato, também estará
definindo qual partido político ele quer beneficiar com o seu voto,
diferentemente do que ocorre nas eleições com as coligações.
Em verdade, as eleições
municipais de 2020 serviram como observatório para os que irão concorrer nas
próximas eleições de 2022, e como o resultado foi desastroso para alguns
partidos, agora resolveram novamente mudar as regras do jogo.
Na nova votação na câmara dos
Deputados, apenas 5 partidos mantiveram suas posições iguais as que tiveram na
reforma anterior, ou seja, foram novamente contrários as coligações partidárias
(Cidadania, PDT, PSD, PSL e REDE), os demais, em sua totalidade ou em sua ampla
maioria, parece que sofreram da chamada “amnésia em causa própria”.
O retorno das coligações
partidárias proporcionas se configuram em um verdadeiro retrocesso, pois em sua
grande maioria, têm apenas a finalidade eleitoral, sem observar as bases
programáticas dos partidos. Favorecem a proliferação das chamadas “legendas de
aluguel”, ou servem para acomodar e proporcionar a eleição de candidatos, cujos
partidos sozinhos, não conseguem conquistar a atenção e o voto dos eleitores.
Os deputados, sem pudor nenhum, atendendo
apenas aos interesses pessoais, alteram mais uma vez a legislação eleitoral,
deixando claro para o povo brasileiro que a preocupação não é aprimorar o
sistema político, mas tão somente a manutenção dos seus próprios mandatos, com todos
os privilégios e influências.
Envoltos em um misto de egoísmo e
sede pelo poder, nossos Parlamentares Federais deram sentido ao conhecido
ditado popular: “Farinha pouca, meu
pirão primeiro!”
Por Mamed Dankar.
Ninguém quer perder a teta do leite fácil. O povo que lute, pra viver sem o apoio dos que eles apoiaram. Está é a realidade 😔
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