POR QUAL PARTIDO CONCORRER
Com a extinção das coligações
partidárias para os cargos proporcionais, que elegem representantes para as
casas legislativas (Cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado
distrital e vereador), e com o resultado prático aplicado nas eleições
(observatório) municipais de 2020, alguns partidos se viram diante de um
cenário nada animador para suas pretensões de quase perpetuação no campo do poder político.
Sim, pois com a
permanência dessa regra e sem que nenhuma alternativa de viabilidade de
recondução a um novo mandato, as mentes engenhosas “inventaram” o instituto das
federações partidárias, que os partidos se unam para apoiar qualquer cargo,
desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado, valendo
para as eleições majoritárias, bem como para as proporcionais.
Assim, a principal
diferença é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas
nas coligações valem apenas até a eleição, podendo ser desfeitas logo em
seguida, como acontecia com frequência, nas uniões meramente eleitoreiras,
casuísticas.
Como se diz no popular, “vão-se
os anéis ficam os dedos”, ou “dos males o menor”, pois para alguns políticos, a
federação pode ser a tábua de salvação dos seus “produtivos e importantes”
mandatos. Todavia, a incerteza tem sido o sentimento da maioria dos candidatos,
uma vez que a definição sobre essas uniões se dará entre as lideranças
nacionais, muitas vezes atropelando acordos firmados nos estados e municípios.
O que mais se aconselha
aos incautos é que tenham paciência e sabedoria para definir por qual partido
concorrerão às eleições desse ano, e isso talvez não seja a garantia real de
uma eleição, mas com certeza, a escolha equivocada poderá determinar uma
derrota antecipada, considerando os novos critérios eleitorais.
Como as negociações e
decisões estão acontecendo no plano nacional, para os pretensos candidatos resta
aguardar e torcer para que as federações lhes sejam favoráveis e não lhes
causem o desconforto de ter que se unir em um mesmo balaio, com atuais desafetos
políticos.
Parafraseando o cantor e instrumentista nordestino Flávio José: ...”se avexe não, amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada...
Por Mamed Dankar