Engenharia: Classe esquecida

 

QUEM DEFENDERÁ A CLASSE DA ENGENHARIA??? 
TALVEZ O CHAPOLIN COLORADO

As ruas do centro da nossa cidade têm sido palco de mobilizações de servidores públicos, que reivindicam melhores condições de trabalho, garantias de direitos adquiridos, cumprimento de “palavra dada” pelo governador, e principalmente, melhoria salarial, pelo menos com valores que recomponham o que foi devorado pela inflação ao longo dos últimos anos.

Nessa luta desigual, uma das possíveis plataformas de apoio ao pleito dos servidores, deveria ser nossos parlamentares, principalmente os atarefados e assoberbados atuais inquilinos da ALEAC, nossos Deputados Estaduais.

Verdade que algumas categorias continuam demonstrando um grande poder de mobilização, enquanto outras assistem silente e quase inerte, ao tempo passar, caminhando para o período eleitoral, onde toda e qualquer negociação salarial ficará proibida por lei. Uma lei que veda qualquer possibilidade de ajuda aos já desestimulados servidores públicos, mas abre a porteira da impunidade aos escancarados crimes eleitorais, que vão desde flagrantes propagandas eleitorais antecipadas, aliciamento e cooptação de partidos e candidatos, até o ato final, no fatídico dia da eleição, onde o escambo eleitoral da troca de votos por dinheiro continua acontecendo.

Mas, de volta ao tema que me motivou a escrever esse texto, cito a omissão e o silêncio dos nossos Deputados Estaduais, quando se fala na categoria dos que são contemplados pela Lei 2.021/2008, a chamada Lei Cartaxo que contempla os Engenheiros, Arquitetos, Geógrafos, Geólogos, Tecnólogos, Médicos Veterinários e Zootecnistas.

São muitos os profissionais que influenciam diretamente na vida das pessoas e do governo, com suas habilidades e conhecimento, sendo responsável por boa parte das ações vistas e vivenciadas pela nossa população.

Pois bem, os Deputados Estaduais que nas eleições passadas fizeram juras de amor eterno aos profissionais dessas categorias, agora parece que sofrem de esquecimento seletivo ou do chamado “silêncio negociado” com o governo. Até os mais “afoitos e destemidos” parlamentares parece só enxergarem as categorias, que com competência, chamam a atenção dos poderes e da população com fechamento de ruas e discursos inflamados em carros de som.

Nobres Deputados, vejam que outros pais de família também padecem do mesmo mal e precisam do apoio deste parlamento. Não se omitam! Não se escondam! Esqueçam os acordos palacianos e façam valer o princípio básico do parlamento de defesa da população, nesse caso, dos que mantém a máquina pública funcionando, independente do governante e parlamentares de plantão. Os seus cargos são passageiros e generosamente concedidos pelos mesmos, que hoje suplicam por apoio, para tentar não perder o pouco que nos resta, nossa DIGNIDADE.

Por Mamed Dankar, (36 anos de serviço público)