A história desse prédio se inicia na década de 40, quando chegou ao Acre o Técnico Agrícola Raimundo Wilson Bastos Sales, atendendo ao convite do então prefeito de Rio Branco o Sr. Adolfo Barbosa Leite, para ser o responsável técnico da central de produção de aves e pequenos animais.
Como a principal e mais conhecida atividade era a criação de aves, logo o técnico recebeu o carinhoso apelido de Wilson do Aviário, e mais tarde toda aquela região ficou conhecida, até os dias de hoje, como Bairro Aviário.
É um local que tem em seus alicerces e cômodos, um pouco da história do setor produtivo do nosso Estado do Acre. Antes da SEAP, o prédio abrigou a Secretaria de Desenvolvimento Agrário – SDA, passou por momentos de total abandono, até ser reestruturada e abrigar profissionais, técnicos e administrativos, finalizando seu ciclo no início do “governo do Agronegócio.”
A reforma administrativa fomentou a junção da SEARPOF e SEAP, consolidando a atual Secretaria de Produção e Agronegócio – SEPA, o que motivou a remoção de todo o corpo funcional para a sede no bairro da estação experimental, gerando alguns descontentamentos de vários profissionais, silenciados diante do receio de afrontar a nova gestão e depois sofrerem retaliações.
Não se questiona o direito legítimo que o governo, eleito pela maioria da vontade popular, faça as adequações que julgue necessárias para melhor desenvolver os trabalhos que serão oferecidos à população, o que não se imaginava é que o prédio, orgulho de muitos profissionais, e endereço conhecido dos produtores rurais, fosse relegado ao completo abandono.
No
início da atual gestão, o sistema público de comunicação noticiou que para “implementar
uma política de contenção de gastos”, o prédio seria ocupado pela Secretaria de
Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT), que não tinha sede própria, o que não
chegou a acontecer.
Hoje, o prédio histórico encontra-se na triste condição de completo abandono, num verdadeiro descaso, sendo depredada por vândalos, com parte da sua rede elétrica roubada por marginais que agem na calada da noite e com o mato tomando de conta das instalações.
É
triste ver uma parte importante da história, sendo consumida pela ineficiência
da gestão, que parece fechar os olhos para esse fato. Enquanto isso, os
alugueis de prédios continuam sendo uma realidade, gerando dividendos
financeiros à terceiros, consumindo boa parte dos recursos que poderiam ser
aplicados em várias áreas, como por exemplo em novas tecnologias de produção
ou, em um devaneio momentâneo até pensei, na valorização dos servidores do
Agronegócio.
O que
se espera é que o prédio seja reformado e depois utilizado por instituições do
governo, que abrigue servidores, que seja um local de acolhida de cidadãos e
que cumpra com dignidade seu papel histórico.
Mas é assim mesmo tem que acabar com os prédios públicos pra alugar particular pra encher os bolsos de alguém
ResponderExcluirSempre tem alguém lucrando!
ExcluirVerdadeiro descaso com a coisa pública.
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirInfelizmente,essa é a realidade!
ResponderExcluirVerdade, mas não precisava ser assim.
Excluir😞😞
ResponderExcluir